Natu 12

Na trilha • Aplicativos para pesquisas e atividades de campo
O campo é um local de passeio para muitos e local de trabalho para outros. Há muitos profissionais como Agrônomos, Biólogos, Engenheiros Florestais, Geólogos, Médicos Veterinários e outros, que têm esse ambiente como a sua segunda casa e não há nada mais importante do que conhecer muito bem o local onde passamos boa parte do nosso tempo. Para isso, existem aplicativos com ferramentas que servem para nos nortear na natureza: mapas, trilhas, pontos geográficos, bússolas, informações sobre o clima, relevo, etc. Tudo que precisamos saber, direto na tela do smartphone ou tablet para um trabalho ou passeio seguro no campo. Vamos lá?

O Avenza Maps é gratuito e possui uma versão Pro. Esse app é essencial para campos longos, funciona também sem o uso de dados ou roaming, ou seja, você não precisa estar conectado à internet para se localizar de forma rápida e segura. Além disso, pode contar com a gravação e medição de rotas; coleta, edição e alteração de dados ainda em campo, mapas disponíveis na nuvem para quando quiser consultar. Simples e prático.

Já o Wikiloc é gratuito e também possui uma versão Premium. É bastante utilizado para diversas atividades como trilhas, caminhadas ou atividades ao ar livre. Ele trabalha com mapas offline e permite monitoramento ao vivo. Wikiloc permite que você grave e compartilhe suas trilhas na plataforma, isso significa que já possuem 7.700.640 membros explorando e compartilhando 21.797.756 trilhas ao ar livre e 38.434.445 fotos desses locais. Legal né, confira.

O ArcGis não fica atrás, tem a versão gratuita e a Pro. Possui uma série de aplicativos e você pode escolher qual é o melhor para você. Entre eles estão o ArcGIS Filed Maps, ArcGIS Survey 123, ArcGIS Navigator, ArcGIS Workforce, entre outros. Esse software e apps, permite que você acesse os mapas criados na plataforma, carregue seus próprios dados, colete, edite e interaja com dados do sistema. É utilizado para pesquisa e prospecção mineral. 

Para estar de olho no clima/tempo tem o AccuWeather. Disponível gratuitamente e com versão Pro. Quando vamos ao campo, seja para qual atividade for, precisamos estar em alerta e sempre respeitar os fenômenos da natureza. Por esse motivo, a previsão meteorológica é tão importante. Com esse app, você terá em mãos alertas de chuvas, previsões do tempo, atualizações de hora em hora e mapas interativos. Lembre-se, este, necessita de dados para atualização. 

E por último, o nomeado ferramenta de GPS mais completa do mercado, o GPS Essentials. Esse possui uma série de ferramentas totalmente gratuitas. Ele possui   bússola, gravação e gerenciamento de rotas, consultas ao tempo, latitude, longitude, nível de inclinação, distância e mais. Além disso, ele permite ao usuário que exporte suas rotas para o Google Earth ou Maps e ainda conta com um sistema para visualizar as rotas com a câmera, mostrando um ponto de referência para usar com outros serviços que ajudam a cooperar como o OpenStreetMap.
Depois dessas dicas, você tem boas opções para estar conectado, seguro em suas trilhas e trabalhos de campo.
Conhecer para Conservar - Parque Nacional Chapada dos Veadeiros 
Esse gracioso Parque foi criado em 1961 e está localizado em Goiás. Perto estão os municípios de Alto Paraíso de Goiás e São Jorge. Por sua importância ecológica e histórico-cultural, foi declarado em 2001, Patrimônio Natural da Humanidade, pela Unesco. É possível fazer trilhas, tomar banho de rio e cachoeira, contemplar  a natureza, observar a fauna e flora e escalar. O Parque possui trilhas como a Travessia das Sete Quedas, Trilha dos Saltos, Carrossel e Corredeiras, Trilha dos Cânions e Cariocas e Trilha da Seriema. Antes de ir é importante consultar a extensão, duração estimada, nível de dificuldade de cada uma. Mas, já podemos adiantar algumas informações para você. Das trilhas citadas acima, a Travessia das Sete Quedas só é aberta de junho a outubro, no período de seca. Sua extensão é cerca de 23 km e está distribuída em meio a fitofisionomias de formações campestres e savânicas, além de uma travessia feita pelo Rio Preto. A Trilha dos Saltos, Carrossel e Corredeiras possui 11 km ida e volta ou 12 km passando pelo mirante e poço do Carrossel e leva um tempo de 4h a 6h para ser concluída, assim como a Trilha dos Cânions e Cariocas. Já a Trilha da Seriema, possui menos de 1 km de extensão e costuma receber crianças, idosos e/ou pessoas com mobilidade reduzida. Cada trilha possui um número de visitantes limitado, portanto, chegue cedo e aproveite o dia. O horário de funcionamento do parque com entrada de 8h às 12h e saída às 18h. Os valores dos ingressos variam, para mais informações, acesse: 
E uma última informação: Para conhecer o Parque é necessário contratar um condutor de visitantes e serviço de traslado. Saiba também que na entrada você precisará preencher um Termo de Conhecimento de Riscos e Normas. 

Em tempos atuais, proteja-se e respeite a vida do próximo: use máscaras, mantenha distância e obedeça os protocolos de segurança de cada local.
Espécie • Coroa de Ita - Uebelmannia buiningii 
Coroa de Ita, é um cacto endêmico do Vale do Jequitinhonha, Itamarandiba - Minas Gerais. Essa região é uma área de transição entre os biomas Cerrado e Mata Atlântica, onde encontra-se uma Unidade de Conservação importante, o Parque Estadual Serra Negra, considerada uma área Chave de Biodiversidade, pois é marcada pela presença de inúmeras espécies endêmicas. Lá são encontradas cerca de cinco subpopulações do cacto e isso resulta em algumas dezenas desse indivíduo na natureza. É um cacto raro que possui um corpo de esverdeado a marrom-avermelhado, é esférico e pode chegar a 8 cm de diâmetro e 6 de altura. Vive em associação com rochas e arbustos, em geral, canela-de-ema e algumas bromélias que ficam localizadas nos campos rupestres. Sofre com sua perda populacional devido à coleta ilegal para usos comerciais, queimadas, perda de habitat e atividade agropecuária. 

Atualmente, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza - IUCN, encontra-se Criticamente em Perigo de Extinção e sua tendência populacional em declínio. Desde de 2014, o Centro de Avaliação da Biodiversidade, Pesquisa e Conservação do Cerrado - CBC do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio, vem estudando a espécie e criando estratégias para sua conservação. Em 2019, o projeto de Ecologia e Recuperação do cacto recebe apoio financeiro do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF Cerrado). Dentre as atividades do projeto, estão atividades de educação ambiental e campanhas que envolvem crianças, jovens e adultos da região do Vale, inclusive que deu nome de Coroa de Ita ao cacto. Para saber mais sobre essa espécie



Entrevista • Comportamento animal e ornitologia por Regina Macedo 
Bióloga pela Universidade de Brasília, Mestre e Doutora em Zoologia pela University of Oklahoma, EUA. Realizou pós-doutorado na University of St. Andrews, Escócia e Estágio Sênior na Cornell University. É Professora Titular da Universidade de Brasília, onde orienta alunos de pós-graduação no Programa de Pós-Graduação em Ecologia. Atua na área de pesquisa com ecologia comportamental de aves, com ênfase em evolução da socialidade, seleção sexual, e investimento parental. 


Quando e como começou sua paixão pela área de comportamento animal?
Sempre gostei muito de animais e plantas, mas também gostava muito de artes. Depois que entrei na universidade, tive que optar entre artes plásticas e biologia, e acabei ficando na biologia. Mas ao me formar na Graduação, tinha poucas ideias do que fazer com um diploma em Biologia. Recebi uma bolsa de estudos para fazer pós-graduação nos Estados Unidos, e me engajei na Zoologia. Mas continuei ainda incerta quanto à área mais específica. Foi um professor, Dr. Douglas Mock, que focava muito o comportamento animal na disciplina de Ornitologia, na Universidade de Oklahoma, que abriu essa porta para mim. As aulas eram empolgantes, o assunto fascinante, e eu fui fisgada!

Sobre os estudos com comportamento de aves no Brasil, poderia nos dizer em sua visão sobre o que ainda pode ser feito e melhorado?
O estudo do comportamento animal no Brasil ainda está em sua infância. E dentro da área, naturalmente existe também muito ainda a ser feito com relação ao comportamento de aves. Estudos do comportamento animal no Brasil ainda são em grande parte descritivos. Isso não é de todo ruim, visto que muito ainda precisa ser descoberto em termos de padrões mais gerais. No entanto, considero que o mais importante seja incorporar a metodologia científica em estudos de comportamento, usando testes de hipóteses evolutivas para se avançar mais rapidamente. Hoje em dia temos alguns centros de excelência e pesquisadores excepcionais no país, mas ainda são poucos se compararmos com o número e qualidade dessa área na Europa ou EUA.

Poderia compartilhar o que alguns dos seus atuais alunos estão trabalhando e  contribuindo para maior compreensão desta área?
No momento, tenho 3 alunos de Pós-graduação no meu laboratório, sendo um de Mestrado e duas doutorandas. O aluno de Mestrado está investigando a variação latitudinal no canto do Tiziu (Volatinia jacarina) em função de variáveis ambientais. As duas alunas de doutorado estão desvendando o sistema de acasalamento social e genético de duas espécies de aves, o Canário Rasteiro (Sicalis citrina) e o Soldadinho (Antilophia galeata). As duas espécies exibem características fenotípicas interessantes que indicam estarem sob forte pressão da seleção sexual. Todos os três projetos têm um ponto em comum, que é o foco sobre como o meio ambiente, tanto natural quanto social, influencia a evolução de características sexuais secundárias, como canto, plumagem e comportamentos de corte.

Descreva pontos importantes, além de muito estudo, que te levaram a essa trajetória tão admirada pelos alunos e demais profissionais.
Creio que antes de mais nada, é importante considerar que além de qualidades pessoais que foram importantes em minha trajetória, outras coisas pesaram bastante. Tive pais que investiram em minha educação e me apoiaram em todas as escolhas que fiz. Tenho um parceiro de vida que também me deu todo apoio e que continua ajudando muito. Finalmente, a sorte sempre bateu à minha porta, e eu sempre arrisquei para ver no que dava! Mas considero também que existem algumas características de personalidade ou de criação que contribuíram bastante para o sucesso que obtive em minha vida profissional. Sou muito objetiva e pragmática, tenho enorme força de vontade, sou muito organizada, e tenho um otimismo que chega a ser às vezes até um pouco sem noção. Sempre acho que tudo irá dar certo se eu me esforçar um pouco mais!

Obs:
Foto da moça com a ave de rapina na mão: Renata Alquezar, ex-aluna de doutorado. Foto dos dois rapazes com microfones direcionais (na capa da entrevista): ex-alunos de doutorado, Pedro Diniz (mais na frente) e Alexandre Dias (mais atrás). Foto do grupo no campo, da esquerda para direita: Dr. Jeff Podos, colaborador norte-americano da University of Massachusetts; Lilian Manica, ex-aluna de doutorado; eu de blusa amarela no centro; Pedro Diniz, atual pós-doc no meu laboratório; Nataly Hidaldo, ajudante de campo.
Qual foi o seu sentimento ao receber um dos mais prestigiosos prêmios concedidos pelo American Ornithologists´ Union?
Recebi a notícia que estava recebendo esse prêmio, o William Brewster Memorial Award, logo no início da pandemia. Nunca tive expectativas de validação em minha vida profissional, até porque considero que sempre fiz o que precisava ser feito, sem muito alarde — o meu trabalho sempre foi simplesmente isso, trabalho a ser feito da melhor maneira possível. Então receber um reconhecimento como esse me surpreendeu tanto que de primeira achei que era uma mensagem falsa. Depois, quando foi confirmado, fiquei muito emocionada — chorei um tanto! E até agora quando falo nisso fico com um nó na garganta! A medalha está aqui em casa em um lugar de honra!

Durante sua carreira, quais desafios enfrentou por estar estudando fora do Brasil? 
Meu marido e eu ficamos 7 anos fora do Brasil, fazendo Mestrado e Doutorado. Tínhamos acabado de casar e queríamos ter uma família, por isso, no meio do doutorado, resolvemos que estava na hora de começarmos nossa família, e engravidei duas vezes. Temos duas maravilhosas filhas que nasceram lá nos EUA. Mas confesso que fazer trabalho de campo do terceiro ao oitavo mês de gravidez talvez não seja o ideal na vida! Também enfrentei muito preconceito no meio acadêmico por ter decidido engravidar durante o doutorado. Alguns integrantes da minha banca de doutorado eram da opinião que cientistas mulheres não devem ter filhos, pois a excelência em pesquisa requer dedicação integral, e acreditavam que isso não seria compatível com uma família. Mas correu tudo muito bem, e não tenho nenhum arrependimento de termos tomado essa decisão — faria tudo de novo!

Para alunos que não se envolveram na pesquisa com animais durante a graduação, qual seria o ‘melhor caminho’ para obter experiência e conhecimento e ingressar no mestrado em zoologia?
Acho que em muitos casos o aluno pode entrar em contato com o orientador que tem em mente e pedir para passar um curto período de experiência participando de algum projeto do grupo de pesquisa. Isso dará oportunidade tanto para o potencial orientador avaliar as capacidades do aluno quanto também deste último avaliar se aquele é o laboratório onde realmente quer desenvolver no Mestrado. 

Deixe suas palavras de incentivo aos pesquisadores que estão no começo de suas carreiras. 
Preocupe-se em ler a literatura da sua área, em se tornar um grande conhecedor das análises estatísticas mais modernas, e de investir no aprendizado do inglês. Tente ir a congressos relevantes de sua área, se possível, também no exterior. Eu considero que é muito importante investir em fazer bem feito as tarefas que existem no presente, pois um futuro de sucesso é produto de muitos anos de investimento em pequenas conquistas bem executadas. Finalmente, mantenha-se modesto, porque ninguém gosta de um “sabe-tudo”.
Lab • Cromatografia 
A Cromatografia é um processo de separação e identificação de componentes de uma mistura, e é dividida por tipos: líquida, de papel, gasosa (GC), líquida de alta eficiência (HPLC), de troca iônica e, de afinidade. Todos os tipos empregam os mesmos princípios básicos. Foi desenvolvida em 1903 por Mikhail Tswett, um botânico italiano, que separou os pigmentos de uma planta usando Carbonato de Cálcio (CaCO3). A etimologia do nome vem do grego: chroma (cor) e graph (grafia) = Cromatografia (grafia das cores). 
Independentemente do tipo, a cromatografia tem duas fases: móvel e estacionária. Na fase móvel os componentes, quando ficam isolados, movem-se por um solvente fluido, que pode ser líquido ou gasoso. Já na fase estacionária, o componente em seu processo de separação ou identificação irá ficar fixo na superfície de outro material líquido ou sólido. O processo cromatográfico consiste na passagem da fase móvel sobre a fase estacionária, dentro de uma coluna ou sobre uma placa. Assim, os componentes da mistura são separados pela diferença de afinidade através das duas fases. As vantagens do uso da cromatografia são a purificação precisa dos materiais, utilização de baixo volume de amostras, pode ser aplicada em amostras de água, ar, tecido, drogas, plásticos, alimentos, além disso os componentes se separam individualmente.

Aplicabilidades da Cromatografia
 
Diagnóstico da COVID-19
Em dezembro de 2020, foi publicado um estudo feito em Edimburgo, Reino Unido e Dortmund, Alemanha, que apresentava um método rápido para diagnosticar a COVID-19 por análise de respiração utilizando espectrometria de mobilidade iônica por cromatografia gasosa próxima ao paciente (GC-IMS). Esse método, seria um teste chamado teste pontual que não exigiria apoio do laboratório, diminuiria os recursos utilizados e tornaria menor a exposição da equipe de saúde no momento do exame. O método funciona da seguinte forma: no momento de entrada no hospital, os pacientes dão uma amostra da respiração para análise de VOC (composto orgânico volátil) por GC-IMS que significa Cromatografia de Gases e Espectrometria de Mobilidade Iónica. A detecção da infecção por COVID-19 é identificada de forma rápida por reação em cadeia da polimerase da transcrição (RT-qPCR) de swabs orais/nasais e revisão clínica. É visível a necessidade de diferenciar a COVID-19 de outras doenças respiratórias o mais breve possível para que o tratamento seja rápido e eficaz. Sendo assim, a cromatografia é um método analítico que vem sendo estudado por pesquisadores para auxiliar no tratamento e combate a essa doença que já teve cerca de 116.023.244 casos no mundo e 10.869.227 no Brasil. 
 
Indústria farmacêutica
Já vimos que a cromatografia a líquido de alta eficiência (HPLC), é um método de separação de componentes de misturas. Na indústria farmacêutica, a vantagem de usar um cromatógrafo (instrumento/equipamento), tem relação com a seletividade da técnica cromatográfica. A professora Isabela César da Faculdade de Farmácia da UFMG, diz que é uma ‘técnica normalmente superior às outras técnicas e que propicia análises altamente seletivas’. Isso quer dizer que os estudos podem verificar a performance de um medicamento e a estabilidade do fármaco, isso tem relação com seu prazo de validade. Ou seja, a cromatografia pode ajudar no controle de qualidade da matéria-prima e produto final e se estão conforme às normas e diretrizes listadas na farmacopeia - documento onde estão as informações sobre medicamentos e requisitos de qualidade necessários para a indústria farmacêutica. 
 
Meio Ambiente e Saúde Pública
A cromatografia também pode verificar a qualidade do ar e testar a água potável. Para ser considerada uma água potável, depois do tratamento que é comumente utilizado, deverão estar de acordo com a Portaria nº 36, do Ministério da Saúde, de 19 de janeiro de 1990, que trata do nível de potabilidade da água. O parecer para determinar a presença de um organismo potencialmente patogênico na água é feito pela presença ou inexistência de um organismo ou colônia. Para cada tipo de microrganismo existe uma metodologia a ser seguida para determinar tal contaminação. Também, foi determinado pela Portaria nº 2914 em dezembro de 2011 do Ministério da Saúde, os níveis máximos de impureza da água para consumo.
 
Faça você mesmo!
Um exemplo de cromatografia de fácil entendimento é a cromatografia de tintas de canetas para descobrir qual a mistura de tintas usadas para a obtenção da cor específica da caneta. Este exemplo de cromatografia pode ser realizado em casa e para isso você vai utilizar: Um coador de café de papel; Um lápis, caneta ou pregador; canetinhas coloridas hidrográficas (preferencialmente nas cores marrom, azul, preta, verde, amarela e vinho); clipes ou fita adesiva; água; álcool; copo ou béquer. Passo a passo: Recorte o coador de papel em tiras de cerca de 4,0 cm de largura e 13 cm de comprimento; Coloque pingos da tinta de cada caneta na parte inferior da tira de papel. Tome o cuidado para não colocar muito na extremidade, deixe cerca de 2,0 cm de base. A distância entre os pontos também não deve ser muito pequena; deve ser cerca de 1,0 cm. Experimente colocar todas as cores ou pode colocar uma a uma. Uma sugestão boa é colocar em uma mesma tira as cores azul, amarelo e verde. Prenda esta tira na vertical em um lápis, caneta ou pregador que ficará sobre o copo na horizontal. Você pode prender com o clipe ou com a fita adesiva. Coloque água no copo ou béquer. Atenção: Não encha o copo, coloque apenas uma quantidade suficiente para molhar a ponta da tira de papel sem alcançar a tinta (aproximadamente 1,5 cm). Coloque a tira no copo conforme a ilustração acima. Observe o que ocorre com o tempo. Quando o líquido subir por todo o papel, retire-o e deixe-o secar. Anote os fatos observados. Repita o processo, colocando álcool ao invés de água. 
Nossos Resíduos • Aproveitamento energético dos resíduos
Uma das questões que mais afetam a sustentabilidade local é o destino dos resíduos gerados pela população. A solução tradicional, a disposição em aterros sanitários, é uma medida que apenas adia o problema para o futuro. Por isso, tecnologias que diminuam a quantidade de resíduos aterrados e que promovam benefícios adicionais, como a produção de adubos orgânicos e energia elétrica ganham cada vez mais espaço. A incineração dos resíduos é a tecnologia mais antiga usada para o aproveitamento energético, já sendo utilizada em países como os Estados Unidos e Alemanha. No entanto, possui controvérsias devido a emissão de substâncias tóxicas, além de que, em locais como o Brasil, em que o resíduo sólido pode ser gerador de renda e inclusão social, não é bem aceito a total queima dos materiais recicláveis. Outra alternativa possível de aproveitamento energético é através do biogás gerado através da decomposição anaeróbia da fração orgânica dos resíduos domésticos.  O principal componente do biogás é o gás metano, 21 vezes mais poluente que o gás carbônico. Dessa forma, o reaproveitamento do biogás não só evita que seja emitido para atmosfera um gás potencializador do efeito estufa, nos casos dos aterros sanitários, como também constitui mais uma possibilidade de substituição do uso de combustíveis fósseis na geração de energia.

Natu • 12 • 12/03/2021 • Coroa de Ita - Uebelmannia buiningii • Redação • Direção: Rodrigo Viana; Edição: Nathália Araújo; Conteúdo: Amanda Costa; Angélica Fujishima; Brenda Menezes; Fotografias: Regina Macedo; Suelma Ribeiro; Washington Luís.

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