Caatinga

Por Rodrigo Viana

O nosso Instituto também tem raízes na Caatinga. Essa formação biológica é exuberante e intrigante, seja pelos aspectos que lhe são tão característicos, seja pela capacidade de renovação que possui. O bioma só ocorre no nosso país, tem rica biodiversidade dentro da categoria 'ecossistema de clima semiárido'. Contudo ainda guarda segredos para sociedade, para a ciência.


Apresenta, também rica diversidade cultural, sendo berço de tradições e movimentos brasileiros. Por outro lado, ainda sofre com a falta de politicas públicas e ações mais abrangentes e inclusivas para a população que reside nessa região. Dados apontam que a Caatinga é a região semiárida mais biodiversa e mais populosa do mundo. Somado ao Cerrado, temos dois biomas que ainda não foram reconhecidos como patrimônios brasileiros pela Constituição do Brasil. Para colaborar num movimento em prol desses biomas, temos uma campanha para sensibilizar mais pessoas sobre as questões relacionadas aos sertões do Brasil, sua flora, sua fauna, sua biodiversidade, sua gente, enfim, a sua natureza.


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Hoje é Dia da Caatinga! 

O Dia Nacional da Caatinga foi instituído pelo Decreto Federal de 20 de agosto de 2003, publicado no Diário Oficial da União, para ser comemorado no dia 28 de abril todo ano. É uma homenagem ao professor pernambucano João Vasconcelos Sobrinho (1908-1989), pioneiro na área de estudos ambientais no Brasil. O Dia da Caatinga foi celebrado pela primeira vez no Seminário “A Sustentabilidade do Bioma Caatinga“, ocorrido nos dias 28 e 29 de abril de 2004 em Juazeiro, Bahia.

Caatinga é um termo de origem indígena, Tupi-guarani e significa floresta branca: a combinação dos elementos 'caa' (floresta), 'tî' (branco) e 'ngá', (que lembra). em função do aspecto que a floresta revela durante a seca, quando a quase todas as plantas estão caducas, ou sem folhas, e os troncos cinzetos, para diminuir a perda hídrica na estação. Muitas plantas também tem folhas modificadas na forma de espinhos, o que ajuda na diminuição da transpiração foliar.

Em 2001 foi criada a Reserva da Biosfera da Caatinga, que cobre uma área de 198.000 Km².


Reservas da Biosfera são áreas de ecossistemas terrestres e costeiro-marinhos, ou sua combinação, que são internacionalmente reconhecidas no quadro do Programa Homem e a Biosfera da UNESCO (Man and the Biosphere - MAB). Elas formam uma rede mundial, que serve de instrumento para a conservação da diversidade biológica e o uso sustentado dos seus componentes – sempre mantendo a soberania dos Estados sobre essas áreas e contando com a participação das comunidades locais. As reservas da biosfera devem ser locais de excelência para experimentação e demonstração de enfoques para conservação e desenvolvimento sustentado na escala regional, cumprindo e combinando três funções:
1 - contribuir para a conservação de paisagens, ecossistemas, espécies e variações genéricas; 2 - fomentar o desenvolvimento econômico e humano que seja sociocultural e ecologicamente sustentado; e 3 - apoiar projetos demonstrativos, educação ambiental e capacitação, pesquisa e monitoramento relacionados com os temas locais, regionais, nacionais e globais da conservação e do desenvolvimento sustentado. (Statutory Framework, art. 1–3.) (UNESCO, s/d (b) [1995]). (3)

Conserve a Caatinga! 


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