Água é vida. Proteja os mananciais.

Nathália Araújo


Quando viajamos de carro de um Estado para o outro, é possível avistar uma placa de trânsito, que, em geral, está situada perto de pontes, rios, córregos ou lagos com a seguinte frase: Água é vida. Proteja os mananciais. Pois bem, a situação da água no Planeta Terra é delicada, e esse processo vai desde a disponibilidade para consumo humano e animal até o abastecimento e distribuição.

A água é essencial à vida e a manutenção e equilíbrio dos ecossistemas. Dentro desse viés, existe a importância de conservação desse recurso, bem como de estudos que avaliam sua qualidade e quantidade, visto que sua potabilidade já se encontra escassa e/ou de difícil acesso, devido ao uso indiscriminado que foi feito até aqui. Cerca de 97% da água do Planeta está distribuída nos mares e oceanos e apenas 3% é água doce. Essa água doce está dividida entre: 29,7% aquíferos; 68,9% calotas polares; 0,5% rios e lagos e 0,9% em outros reservatórios como nuvens e vapor-d’água. Ou seja, acesso limitado.


A qualidade da água que vem de pequenas bacias depende de diversos fatores como clima e cobertura vegetal. A destruição da vegetação ripária favorece o assoreamento, altera a turbidez da água e tem influência sobre os níveis de água. A vegetação ripária, também conhecida como mata ciliar, possui papel importante no ciclo hidrológico e ecológico. Atuam na proteção dos solos e diretamente nos recursos hídricos. As matas também podem modificar os processos químicos e biológicos da água como os resíduos de pesticidas que provêm da drenagem de componentes que não são tóxicos por decomposição microbiológica, radiação solar e oxidação. Por ação antrópica, as nascentes perdem a qualidade da água, o que acaba comprometendo a produção e o abastecimento.

O Brasil, tem cerca de 50% do manancial de água doce que está presente na América do Sul e é o maior do Planeta. Sabe de quem estamos falando? Do Rio Amazonas. E mesmo diante dessa falsa sensibilidade de abundância, o país e as pessoas sofrem com a escassez hídrica em diversos lugares, inclusive no Nordeste. 

E junto com esse agravante, podemos lembrar da ausência de saneamento básico em algumas regiões. Hoje, cerca de 57% da população do país não tem água potável e nem saneamento básico.

O que podemos fazer para contribuir para a conservação da água?

- Desligar a torneira quando escova os dentes;
- Reaproveitar a água da chuva (lembre-se de armazená-la corretamente);
- Fechar bem a torneira após usar;
- Reduzir ou acabar com o uso de papel;
- Não jogar lixo na rua e no meio ambiente;
- Diminuir o tempo do banho ou desligar o chuveiro ao ensaboar;
- Não lavar a calçada com água potável (para consumo humano e animal);
- Consumir produtos biodegradáveis que não poluem o ambiente;
- Ensinar as crianças sobre a importância de não desperdiçar água;
- Incentivar os estudantes e a comunidade acadêmica/científica a investigar a situação atual de qualidade de nossos mananciais, assim como a criação de políticas públicas que olhem com mais atenção às regiões mais desfavorecidas, pois a água é um direito fundamental do ser humano e dos animais.

Como dizia o inspirado Tom Jobim (1972): “são as águas de março fechando o verão, é a promessa de vida no teu coração…” Errado, ele não estava. 

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Comentários

Karin disse…
Amei a Publicação. Parabéns Jurumi. Protejam as águas, cuidem delas. 🥰
Instituto Jurumi disse…
Agradecemos Karin! Seja bem-vinda!
Wellyson Barbosa disse…
Muito bom o texto, parabéns! ��
Instituto Jurumi disse…
Agradecemos Wellyson! Até logo!

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